domingo, 2 de janeiro de 2011

novas chuvas.

já faz um tempo que eu estava assim: sem muita esperança e sem todas aquelas minhas verdades diárias; que de alguma forma me tiravam um par de risadas maliciosas e algumas paqueras saborosas.
é.. era como se não houvesse mais tanta doçura em minha alma ou até mesmo tanta bondade em minhas mãos. sem ao menos perceber, eu acabei me mudando.. de mim.
ser óbvia e sensata, já não me deixa tão á vontade. minhas manias de grosseria e indelicadeza passaram a ser o escudo de mim - e de você; e sem ao menos notar, acabei me perdendo do mundo. de mim. e de você.
me resguardei em doses diárias de álcool - que aliviaram sim, - a angústia que consumia e me tornava mais patética.
sim.. tudo passou a ser estranho. bizarro. fascinante. viciante. e meu. somente meu!
a paixão não alcançada. o beijo não roubado. a mensagem não enviada.. tudo isso me fez acreditar que de alguma forma, não ir além vale mais a pena do que sofrer em vão. estar em vão e ser em vão.
as promessas tão feitas durantes meses, foram quebradas; os beijos se tornaram amargos. os abraços ficaram pesados. e tudo aquilo que não fazia - muito - sentido; hoje passou a ter um cinzento sentido.
as ironias e as ilusões se tornaram mais sólidas; e de alguma forma, já estava na hora de seguir em frente.. mesmo que fosse mais difícil que permanecer nas irreais vontades.
sentir a felicidade - voltando - aos poucos, me faz acreditar que após longas tempestades, o sol sempre se faz presente. e ainda, me dá força para crer que as supostas tempestades que ainda irão se formar, não passam de uma chuva de verão. que não tem hora. não tem força. não permanece. e também não deixa.. algum sentimento.

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