quinta-feira, 22 de abril de 2010

as minhas noites.

Era mais uma noite calma e vivida.
Estava distante de mim - mais que o normal -, era como se eu pudesse estar em outro mundo, mesmo estando aqui. Eu estava distante de ti. Eu já podia até sentir uma 'pontinha' de saudade - que logo era preenchida pelas imaginações que me rodeavam a noite toda. Eu podia te visitar nas minhas noites solitárias; podia te ver deliciosamente acomodado em seus sonhos; podia até mesmo me deitar ao seu lado e te observar e sem ao menos perceber - te beijar delicadamente; e me entregar - inesperadamente. Voltei em mim. Estava cansada de imaginar as milhões de opções que não me foram dadas. Eu podia estar em você, sem ao menos eu perceber. E eu já não queria mais perceber nada daquilo que não era a sua verdade, que de alguma forma, não poderia ser ser a minha - verdade - também.
Eu me encantei pela noite.
Sim, eu fugi de mim - e de você -, e me enrosquei - de propósito - nas minhas noites.
Eu fugia de tudo que até alcancei demasiadamente o céu.
Comecei a brincar com as estrelas; eu já podia sentir seu brilho - característico - que me maravilhava e iluminava meu rosto; podia sentir a pequena estrela frágil e fria em minhas mãos, era algo estranho porém, encantador.
Eu podia tocar, tocar e tocar todas elas. Era tão real senti-las agarradas em meus dedos. Me maravilhei com o passatempo viciante, já não era possível ouvir nenhum ruído, - talvez nada iria arrancar a concentração da minha nova experiência - que passava a me deixar muito mais perspicaz.
As noites me deixaram muito mais provida de destreza, mas - estranhamente - eu ainda preferia minhas bobagens que beravam as minhas deliciosas malícias - que estranhamente me corrompiam - e eu adorava.

2 comentários:

Anônimo disse...

vagalumes!

Rízia Luiz disse...

Liiiiiiiiiiindo! *-*